sexta-feira, 21 de outubro de 2011


A Maravilha De Viver Para Jesus: Conhecendo Seu Grande Amor

Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do filho de Deus, o qual me amou  e se entregou a si mesmo por mim. Gl 2.20


Atualmente, fala-se constantemente em servir a Jesus e para nossa realidade, tornou-se habitual ser crente, ir à igreja faz parte da rotina, orar, jejuar e ler a Bíblia não deixam de ser simples atos clérigos e religiosos. Isso revela que o Cristianismo está se tornando uma religião como as demais. Entretanto, não é isso que Jesus ensinou e que o Espírito Santo transmite para nossos corações. Se essa realidade está contrária ao que ensinou o Senhor devemos abrir mão dela e voltar à essência de viver para Cristo.
a)      O amor de Deus na igreja primitiva
Nos primeiros tempos da Igreja, os cristãos tinham uma identidade na sociedade; na pluralidade dos costumes da época, os cristãos tinham uma característica própria. Essa marca deixada pelos primeiros seguidores de Jesus foi o amor. Jesus ensinou que a única marca que poderíamos deixar é o amor.
Tamanha é a importância do amor para o Cristianismo que os principais ensinamentos de Jesus têm esse tema como fundamento.  Desde como devemos andar neste mundo até servir a Deus, consiste por causa do amor.
b)      Amor de Deus nos dias de hoje
Porque Deus nos amou primeiro, por isso O amamos. Esse é o maior mistério que há no evangelho. Mistério porque não compreendemos a imensidão desse amor, somos incapazes de descobrir a verdadeira dimensão dele, nossos conhecimentos, inteligência e ciência mostram-se insuficientes para tal fim (Ef 3.14-21).
A única maneira de demonstrarmos gratidão para tão grande amor, a única forma de retribuirmos tal sentimento é amando a Deus. Contudo, esse amor de Deus nos constrange (II Co 5.14), ele nos intimida de tal maneira que toda e qualquer atitude que fizermos mostra-se incapaz de retribuir, ao menos um pouco, a esse sentimento.
A única forma de demonstrarmos a gratidão que temos a Jesus é se entregando sem medida, é se lançando em Seus braços sem reservas e isso só é possível se vivermos para Cristo (Fp 1.21). Ou melhor, deixarmos Cristo viver em nós. Isso exige a morte de nosso ego, renuncia de nossas vidas e entrega de nossas vontades.
Tudo isso foi posto até agora não são teorias ou simples palavras reflexivas. O que foi exposto é a essência do Evangelho, é a aplicação do Cristianismo, é a vida do cristão. Mas, isso não é o que vemos hoje. Em nossos dias, isso só acontece quando estamos na mais árdua dificuldade, ou em grandes congressos, ou encontros e retiros... A verdade é que o que deveria ser a razão de viver para todos os cristãos, é apenas de alguns. Vivemos em tempos em que o Evangelho tornou-se uma filosofia, o Cristianismo uma religião, a Bíblia um livro de princípios e Jesus um ídolo. Vivemos tempos semelhantes aos de Ló, aos de Noé, aos de Jonas....
c)      O amor de Deus para nós
Tempos como esses foram transformados por Deus e não somente esses, mas a Igreja já passou por uma série de reformas que fizeram com que ela voltasse aos primeiros momentos de entrega a Jesus, retornando ao primeiro amor e retrocedendo ao lugar que caíram.
Nossos dias precisam de reforma, necessitamos de uma profunda transformação. Talvez essa mudança não venha de modo impetuoso como a descida do Espírito no dia de Pentecostes ou com a evidência da Reforma Protestante. Talvez essa transformação aconteça em cada um de nós, comece no interior de cada um individualmente através da maravilhosa obra do Espírito Santo.

Viver para Cristo é semelhante a caminhada com um guia: Caminhamos junto ao guia para podermos chegar seguros ao destino. Por mais bela que possa ser a paisagem não podemos deixar de segui-lo para contempla-la, da mesma maneira que nas paisagens monótonas não podemos avançar para fugir delas. Independe da paisagem devemos nos manter ao lado do guia para não nos perdermos para nenhum dos lados.
Não devemos nos acostumar com o viver para Cristo, não devemos ter como normal o amor de Deus, não podemos nos acomodar no local onde estamos. Se vivemos no Espírito devemos andar no Espírito (Gl 5;25). Devemos agir como uma criança que tem tal amor por seu pai que quando se sente insegura agarra em uma das pernas dele. Devemos nos apegar, amar a Deus com todo nosso conhecimento, com todo nosso coração, com toda nossa alma e com tudo que há em nós.

Por: Ítalo José Marinho de Oliveira