A Maravilha De
Viver Para Jesus: Conhecendo Seu Grande Amor
Já estou
crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne vivo-a na fé do filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim. Gl 2.20
Atualmente,
fala-se constantemente em servir a Jesus e para nossa realidade, tornou-se
habitual ser crente, ir à igreja faz parte da rotina, orar, jejuar e ler a
Bíblia não deixam de ser simples atos clérigos e religiosos. Isso revela que o
Cristianismo está se tornando uma religião como as demais. Entretanto, não é
isso que Jesus ensinou e que o Espírito Santo transmite para nossos corações.
Se essa realidade está contrária ao que ensinou o Senhor devemos abrir mão dela
e voltar à essência de viver para Cristo.
a)
O amor de Deus na igreja primitiva
Nos primeiros
tempos da Igreja, os cristãos tinham uma identidade na sociedade; na pluralidade
dos costumes da época, os cristãos tinham uma característica própria. Essa
marca deixada pelos primeiros seguidores de Jesus foi o amor. Jesus ensinou que
a única marca que poderíamos deixar é o amor.
Tamanha é a
importância do amor para o Cristianismo que os principais ensinamentos de Jesus
têm esse tema como fundamento. Desde
como devemos andar neste mundo até servir a Deus, consiste por causa do amor.
b)
Amor de Deus nos dias de hoje
Porque Deus nos
amou primeiro, por isso O amamos. Esse é o maior
mistério que há no evangelho. Mistério porque não compreendemos a imensidão desse amor, somos incapazes de descobrir a
verdadeira dimensão dele, nossos
conhecimentos, inteligência e ciência mostram-se insuficientes para tal fim (Ef
3.14-21).
A única maneira
de demonstrarmos gratidão para tão grande amor, a única forma de retribuirmos
tal sentimento é amando a Deus. Contudo, esse amor de Deus nos constrange (II Co
5.14), ele nos intimida de tal maneira que toda e qualquer atitude que fizermos
mostra-se incapaz de retribuir, ao menos um pouco, a esse sentimento.
A única forma de
demonstrarmos a gratidão que temos a Jesus é se entregando sem medida, é se
lançando em Seus braços sem reservas e isso só é possível se vivermos para
Cristo (Fp 1.21). Ou melhor, deixarmos Cristo viver em nós. Isso exige a morte
de nosso ego, renuncia de nossas vidas e entrega de nossas vontades.
Tudo isso foi
posto até agora não são teorias ou simples palavras reflexivas. O que foi
exposto é a essência do Evangelho, é a aplicação do Cristianismo, é a vida do
cristão. Mas, isso não é o que vemos hoje. Em nossos dias, isso só acontece
quando estamos na mais árdua dificuldade, ou em grandes congressos, ou
encontros e retiros... A verdade é que o que deveria ser a razão de viver para
todos os cristãos, é apenas de alguns. Vivemos em tempos em que o Evangelho
tornou-se uma filosofia, o Cristianismo uma religião, a Bíblia um livro de
princípios e Jesus um ídolo. Vivemos tempos semelhantes aos de Ló, aos de Noé,
aos de Jonas....
c)
O amor de Deus para nós
Tempos como
esses foram transformados por Deus e não somente esses, mas a Igreja já passou
por uma série de reformas que fizeram com que ela voltasse aos primeiros
momentos de entrega a Jesus, retornando ao primeiro amor e retrocedendo ao
lugar que caíram.
Nossos dias
precisam de reforma, necessitamos de uma profunda transformação. Talvez essa
mudança não venha de modo impetuoso como a descida do Espírito no dia de
Pentecostes ou com a evidência da Reforma Protestante. Talvez essa
transformação aconteça em cada um de nós, comece no interior de cada um
individualmente através da maravilhosa obra do Espírito Santo.
Viver para
Cristo é semelhante a caminhada com um guia: Caminhamos junto ao guia para
podermos chegar seguros ao destino. Por mais bela que possa ser a paisagem não
podemos deixar de segui-lo para contempla-la, da mesma maneira que nas
paisagens monótonas não podemos avançar para fugir delas. Independe da paisagem
devemos nos manter ao lado do guia para não nos perdermos para nenhum dos
lados.
Não devemos nos
acostumar com o viver para Cristo, não devemos ter como normal o amor de Deus,
não podemos nos acomodar no local onde estamos. Se vivemos no Espírito devemos
andar no Espírito (Gl 5;25). Devemos agir como uma criança que tem tal amor por
seu pai que quando se sente insegura agarra em uma das pernas dele. Devemos nos
apegar, amar a Deus com todo nosso conhecimento, com todo nosso coração, com toda
nossa alma e com tudo que há em nós.
Por: Ítalo José Marinho de Oliveira